Misturar ritmos como pagode baiano e rock é uma marca registrada da Tabuleiro Musiquim. A banda foi indicada para concorrer em três categorias no Prêmio Caymmi de Música, que será realizado na próxima sexta-feira (18), às 20h, na sala Principal do Teatro Castro Alves. Essa é a segunda edição da premiação, promovida pela Prefeitura e que, em 2017, homenageia os 50 anos do movimento Tropicália.
Este ano todos os indicados ao prêmio farão uma apresentação conjunta, que foi apelidada de Bandão Caymmi. Entre os artistas que farão participação especial na festa estão: Saulo Fernandes e Alice Caymmi, neta de Dorival, que dá nome ao prêmio. O grupo vai apresentar, com novos arranjos e roupagem, canções-manifesto do período tropicalista com referência aos artistas que marcaram época.
Ansiosos pela apresentação – é a primeira vez que o grupo irá se apresentar na sala principal do TCA - a Tabuleiro Musiquim subirá ao palco com a intenção de externar para o público o mesmo misto de sentimentos que os motiva a fazer música. “É muito bom tocar numa grande sala que é referência em todo o Brasil. Para quem está chegando agora, é difícil estar num lugar desse, a gente fica realmente muito ansioso”, afirma entusiasmado o vocalista Silvio de Carvalho, que concorre na categoria Intérprete.
A Tabuleiro Musiquim também foi indicada à categoria Banda, com a participação dos amigos Victor Jesus (guitarra), Henrique Duarte (baixo) e Allan Villas Bôas (bateria) - este último também indicado na categoria Instrumentista.
Criação – Silvio de Carvalho explica que não há uma forma estanque para conceituar o perfil da banda. A proposta é ter liberdade para criar, inovar e mesclar ritmos e arranjos. “Nós criamos uma cara única na Música Popular Brasileira e misturar gêneros brasileiros como samba, forró e xaxado com rock são alguns exemplos. Tem música baiana, latina e até samba-canção da década de 1930, com uma pegada mais moderna”, comenta.
Na estrada musical desde 2012, a Tabuleiro Musiquim tem um disco lançado, intitulado “Imbigo”, composto por doze faixas e que contém participações importantes como a banda Maglore, o cantor, compositor e multi-instrumentista Luiz Caldas, e o cantor Fábio Cascadura. Já no forno, o segundo disso da carreira está sendo totalmente produzido de forma independente e deve ser lançado até o próximo semestre. O título desse novo álbum será “Mano”, em referência ao show homônimo que levou o grupo a participar do Prêmio Caymmi.
Concorrência – Sobre a expectativa de garantir – ou não – um prêmio na sexta-feira, a banda afirma que está tranquila. “Concorremos com pessoas amigas, talentosas e, independente de quem ganhar, será justo”, finalizou Carvalho. E a concorrência será realmente de peso. Na categoria Intérprete, os demais indicados são os cantores Achiles e Filipe Lorenzo, e os vocalistas Kalu (Forró da Gota) e Teago Oliveira (Maglore).
Para Instrumentista, também foram indicados a tecladista e sanfoneira Aline Falcão (Danilo Fonseca/Pirombeira), o baterista Flaviano Gallo (Santini&Trio), o saxofonista Jr Maceió e Livia Nery na live eletronics (improvisação eletroacústica). Já na categoria Banda, concorrem ainda ao prêmio a instrumental Santini&Trio, o afrobeat da IFÁ, o mix de regional, jazz e rock da Pirombeira e, por fim, o ska jamaicano/baiano da Skanibais.
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