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03/06/2021 às 03h17min - Atualizada em 03/06/2021 às 03h17min

Começou a Trezena de Santo Antônio do Forte da Barra.

As rezas estão sendo transmitidas no formato virtual desde o dia 1° e vão até 13 de junho, sempre ás 19h, no Instagram, Facebook e canal no Youtube.

Por Van Carvalho
Foto: Divulgação

Sabemos que umas das principais tradições religiosas do mês de junho é a trezena de Santo Antônio. Muitas vezes, o costume é passado por gerações e o encontro para as orações em devoção ao "casamenteiro" acontece dentro das casas dos fiéis. Neste ano, a tradição que acontece no Forte da Barra vai ser realizada de forma diferente, por causa da pandemia da Covid-19.

 

As rezas em homenagem ao primeiro padroeiro de Salvador já estão acontecendo desde o dia 1°  e vão até  13 de junho, sempre ás 19h,  transmitidas ao vivo e simultaneamente pelo Instagram, Facebook e canal no Youtube.

 

Serviço: 

 

TREZENA DE SANTO ANTÔNIO - FORTE DA BARRA

 

Onde: Forte Barra / Salvador -BA

 

Data: De 1° a 13 de junho

 

Horário: 19h

 

Transmissão on line pelas redes sociais 

 

Facebook 

 

Museu Náutico da Bahia

 

Instagram 

 

@museunauticodabahia

 

YouTube 

 

https://youtube.com/channel/UCQlKRvul8TD8oDU44Rw4jfg

 

 

 

 

Sobre a Trezena de Santo Antônio do Forte da Barra

 

Contextualizada na cultura brasileira, a Trezena de Santo Antônio faz parte do calendário oficial de festas populares, e na Bahia ganha expressividade através das centenas de homenagens feitas ao seu nome, na capital e interior do Estado.

 

Trata-se de um encontro de orações dedicadas a Santo Antônio, realizado em treze dias seguidos, de 1 a 13 de junho; ou em treze terças feiras seguidas, por ser treze o dia de sua festa.

 

A Trezena realizada no Forte de Santo Antônio segue a tradição dos antigos faroleiros que aqui moraram, que nesta época realizavam concorrida festa em louvor a Santo Antônio.

E pelas graças concedidas a esta Cidade do Salvador, a primeira fortificação militar de Salvador mais uma vez abre suas portas para louvar seu anfitrião, Santo Antônio de Lisboa.

 

 

Sobre Santo Antônio

 

Padroeiro e protetor do Forte e Farol da Barra

 

Seguindo o costume cristão de dedicar as praças de guerra a um santo padroeiro, no final do século XVI Santo Antônio foi escolhido como protetor deste Forte que leva seu nome. Em nicho protegido do alcance da artilharia inimiga, era venerado e invocado, principalmente quando as forças das armas não parecessem suficientes para decidir favoravelmente uma batalha.

 

Nasceu Fernando Martins de Bulhões em Lisboa, Portugal (1195), e faleceu em Pádua, Itália (1231). Antes agostiniano, trocou o hábito de regrante pelas vestes franciscanas. Em homenagem a Santo Antão passou a chamar-se Antônio.

 

Canonizado em 1232, Santo Antônio chegou ao Brasil na devoção e fé dos primeiros navegadores que aqui aportaram. Em 1597 foi eleito como primeiro padroeiro da Capital, e a partir de então sua missão era proteger a cidade de Salvador contra as investidas dos inimigos que ameaçavam adentrar a Baía de Todos os Santos. O defensor de Portugal também defendia as suas Colônias

Como protetor do Forte da Barra impediu, na segunda tentativa de invasão, que os holandeses o tomassem, forçando-os a tentar entrar na cidade pelo lado de Santo Antônio Além do Carmo, onde foram definitivamente rechaçados.

 

Santo nacional português, integrou as missões africanas para a evangelização dos mouros. Venerado durante o reinado de Sancho II (1222-48), seu culto se estendeu a D. Henrique, “o Navegador” (1394- 1460), que o invocou como protetor de seus exércitos. Na luta contra a dominação de Castela, foi alistado como soldado por Afonso VI (1643- 83). Na França é conhecido como Saint Anthoine dês Épaves e louvado pelos pescadores.

 

Pelos benefícios concedidos à monarquia portuguesa foi assentado como soldado no Forte da Barra (1598), sendo promovido a Alferes de Infantaria (1707), Capitão (1720), Major de Infantaria (1811) e por decreto do Príncipe Regente D. João VI, ascendeu ao posto de Tenente-Coronel de Infantaria (1816). Os soldos eram pagos ao síndico do Convento de São Francisco para organização de festas em seu louvor. Teve suas patentes militares cassadas por ato de 18 de maio de 1912, já no período republicano.

 

 

Sobre a carreira militar de um santo baiano.

 

Passado o tempo em que os costumes aconselhavam a escolha das “Onze mil virgens” para padroeiras da Cidade do Salvador, preferiu-se entregar o burgo a um santo português de nascimento e já, especificamente, protetor dos que, por comércio, viajavam sob a bandeira da Cruz de Cristo.

 

Assim foi que os vereadores, reunidos a 20 de novembro de 1645 encomendaram missa no altar de Santo Antônio do convento franciscano da cidade, para pedir pela alma dos seus pares falecidos e, também, fartura para as necessidades presentes. Se o santo tanto ajudou nas lutas contra os “holandeses”, justo foi julgado que tivesse patente militar. E, que tivesse, na hierarquia, as promoções que a sua importância fizesse jus.

 

Assim foi que, por portaria de 10 de junho de 1705, a imagem de Santo Antônio existente no forte do seu nome foi reconhecida no posto de Capitão “intertenido”, recebendo o soldo equivalente, a ser entregue, todos os anos ao Síndico do Convento de São Francisco da Bahia.

 

Nem por ter outra imagem do santo (celebrada na capela de Santo Antonio da Mouraria) sido graduada no posto de alferes, a do Forte da Barra perdeu patente e honras, tudo reconhecido por atos formais do governo. E assim, inclusive, por todo o Império. Assim, já na República, até 1909.

 

Mas os tempos eram outros e um zeloso funcionário fazendário deles fazia parte. Com tal entusiasmo e convicção que despachou afirmando sobre as patentes do santo; “...não é lícito que se considere aquele ato como referindo-se ao estado do Brasil, e que a nação continue a pagar aquele soldo, na importância de 720$000 anuais concorrendo-se assim para conservar a crendice que teve o príncipe regente ao expedir aquelas patentes.”

Acatando estas opiniões, o Ministro da Fazenda, por ato de 18 de maio de 1912, cassou as patentes militares de Santo Antonio.

Salvou-se o Erário... Perdeu-se a Tradição.

 

 

Sobre Museu Náutico da Bahia História Marítima do Brasil.

 

Criado em 1998, o Museu Náutico da Bahia reúne rico acervo do Brasil colonial, fruto da primeira pesquisa e resgate de arqueologia submarina realizado em nosso país, uma coleção de instrumentos de navegação e sinalização náutica, maquetes, miniaturas de embarcações e informações especializadas ligadas à vida marítima, militar, administrativa e cultural da cidade do Salvador da Bahia, primeira capital do Brasil e centro vital da sua economia nos três primeiros séculos de existência.

 

Instalado neste Forte de Santo Antônio da Barra, cuja edificação original data do século XVI, o Museu Náutico da Bahia propicia aos seus visitantes contato direto com a secular história do Brasil, aqui contada por meio de objetos raros como utensílios domésticos, selos, botijas e materiais bélicos que ficaram submersos nas águas da Baía de Todos os Santos durante mais de 300 anos. Objetos que permitem ao público vivenciar aspectos importantes da vida cotidiana de nossos antepassados e que, junto às demais peças do acervo, ajudam a compreender a presença, a importância e o significado do mar e da vida marinheira na formação, desenvolvimento e consolidação da civilização brasileira.

 

Aqui estão reunidas parte de nossa tecnologia náutica – inclusive, o primeiro farol de todo o continente americano, bem como informações valiosas da história, da cultura e da vida marítima da Bahia, foco educativo e científico de nossa instituição, como não poderia deixar de ser numa cidade nascida à beira-mar e ao mar tão visceralmente ligada.

 

 

Sobre Forte de Santo Antônio da Barra

 

O primeiro do Brasil

 

Primeira fortificação edificada pelos portugueses, no Brasil, o Forte de Santo Antônio da Barra foi construído na ponta de terra onde foi colocado, em 1501, um marco padrão que assegurava a presença da Coroa nas terras descobertas. Originalmente uma trincheira em terra socada, areia solta e taipa foi edificado em pedra e cal no final do século XVI e equipado com três canhões.

 

Novamente reformado no final do século XVII, ganhou a forma irregular de uma estrela com quatro faces reentrantes e seis salientes, forma que ainda hoje preserva. Em 1998, substituindo o antigo Museu Hidrográfico e Oceanográfico, foi reaberto ao público com a instalação do Museu Náutico da Bahia.

 

 

Sobre Farol de Santo Antônio - Farol da Barra

 

O primeiro das Américas

 

No primeiro forte brasileiro, foi instalado também o primeiro farol das Américas, em 1698. Inicialmente uma torre de alvenaria encimada por um quiosque de madeira envidraçado, com lampiões alimentados a óleo de baleia, o farol ganhou, em 1839 um equipamento rotatório, luz a querosene e a torre atual. Em 1890, foi equipado com novo aparelho ótico, com uma lente de 3,5 metros de altura, ainda em operação. Em 1937, foi eletrificado, passando o seu alcance luminoso a ser de 70 km ( 38 milhas náuticas ) para a luz branca e 63 km ( 34 milhas ) para a luz encarnada, que orienta os navegantes na entrada da Baía de Todos os Santos.

 

Sua importância histórica e beleza arquitetônica o transformaram num postal da Bahia, sendo, também, no Brasil, o primeiro sinal luminoso de apoio à navegação aberto à visitação pública.


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