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11/04/2019 às 17h51min - Atualizada em 11/04/2019 às 17h51min

Flamengo e o Maracanã: Controle total da operação, busca por shows e parceria com Fluminense como fundamental

Ideia antiga, o Maracanã nunca esteve tão perto de se tornar, de maneira oficial, o estádio do Flamengo.

Na noite desta quarta-feira, o Conselho Deliberativo apresentou as ideias gerais do termo a ser assinado com o Governo do Rio de Janeiro nesta sexta-feira. O acordo foi aprovado por unanimidade e com muita euforia. Ao fim da votação, o grito de "O Maraca é nosso! Aha, uhu!" das arquibancadas ganhou o Salão Nobre da Gávea. Entre pontos positivos e negativos, o clube projeta diminuir as despesas operacionais e alavancar receitas com novos negócios em torno dos jogos. Apenas no que se refere às despesas com aluguel do estádio, a diretoria estima uma economia de cerca de R$ 6 milhões.

Para empolgar os conselheiros presentes foi exibido um vídeo com caráter emocional sobre a relação entre clube e estádio, recheado com imagens antigas e atuais de torcida e times rubro-negros. "O mais famoso, icônico e lendário estádio do planeta é nosso. É, irmão, o Maraca é nosso! Vai começar a festa!", dizia um trecho do vídeo. Ao lado do presidente do clube, Rodolfo Landim, o presidente do Conselho Deliberativo (Code), Antonio Alcides, passou uma reprimenda generalizada, ao ameaçar com expulsão o conselheiro que vazasse as informações antes que se tornassem públicas. O conselho de finanças do Code se absteve de um parecer por considerar que as informações foram insuficientes. Já o parecer do Conselho Fiscal do clube foi favorável ao acordo.

Com slides, a diretoria rubro-negra apresentou suas ideias sobre o novo termo de concessão. Considerou a oportunidade quase única, uma brecha para viabilizar a utilização do Maracanã diante da alta expectativa com o desempenho da equipe em 2019. A queda de despesas, com redução de cerca de 15% dos custos do aluguel - agora fixados em R$ 90 mil por partida - foi outro item apresentado como extremamente vantajoso.

O Flamengo pretende utilizar os seis meses como gestor do estádio para acumular experiência nos detalhes operacionais e comprovar ao Governo do Rio de Janeiro que é, sim, capaz de ter a concessão definitiva em futuro processo de licitação. Nos riscos da operação foram apontados três pontos: a necessidade de compartilhar todas as decisões na gestão do estádio com o Fluminense, a iniciativa do Vasco de procurar a Justiça para contestar o acordo e a possibilidade de que os custos de manutenção - estimados pelo Governo do Rio em R$ 12 milhões nos próximos seis meses - possam ser maiores do que o esperado, "dada a amplitude de suas instalações e a complexidade de sua operação".

Sobre a parceria com o Fluminense, impedido de assinar o termo com o Governo do Rio por não ter certidões negativas de débito, foi esclarecido que os dois clubes vão criar uma entidade para administrar o Maracanã. Ambos terão o mesmo peso nas decisões desta entidade e dividirão receitas e despesas na administração do estádio de forma igualitária.

A denominada entidade terá como responsabilidade a geração de receitas não atreladas aos jogos, a manutenção de todo equipamento do Complexo Maracanã (Célio de Barros e Julio Delamare, por exemplo, representarão cerca de R$ 167 mil mensais), a negociação com fornecedores de jogos com o objetivo de acordos mais eficientes no custo-benefício e também a busca de parceiros para shows no Complexo Maracanã.

O clube entendeu que a parceria com o Fluminense foi decisiva para ganhar a preferência do Governo e, consequentemente, afastar intermediários do negócio. A proposta dos clubes foi enviada em 4 de abril ao Estado.

Liberdade na operação dos jogos

Um dos pontos comemorados pela diretoria rubro-negra foi ter alcançado, enfim, a total liberdade na operação de seus jogos, sem interferência externa. Era considerado um dos grandes problemas na relação com a Odebrecht durante os seis anos em que a empreiteira esteve no comando das ações do estádio. Agora, 100% das receitas e despesas dos jogos de mando do Flamengo serão do clube. Operações de terceirizados como segurança, limpeza e venda em bares, por exemplo, deverão ser renegociados para atingir termos considerados mais vantajosos ao Flamengo.

Vice de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, também esteve presente na reunião do Conselho Deliberativo. O dirigente detalhou a relação com o Vasco sobre o Maracanã. O clube cruzmaltino gostaria de mandar ao menos dez partidas por ano no estádio, pagar percentual reduzido dos custos de manutenção e ter o mesmo poder de decisões do que Flamengo e Fluminense. Além disso, exigia que sua torcida permanecesse no setor Sul do estádio, o que inviabilizaria a relação com o Tricolor. Por entender que o desejo político do Governo era uma união entre os clubes, o Flamengo ouviu os rivais em algumas reuniões desde março.

O Estado deixou claro que não pretende gastar um centavo com a manutenção do Maracanã e, também, do Maracanãzinho. Reformado para os Jogos Olímpicos de 2016, a arena terá produtos e eventos criados pela entidade a ser formada pela dupla Fla-Flu. Um dos objetivos do Flamengo, por exemplo, é realizar as finais do Novo Basquete Brasil (NBB), atualmente ainda em fase de quartas de final, na arena caso o time avance na competição.

 

Com Infor/


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