O jornalista Bernardo Mello Franco observa que a abertura de um inquérito para apurar o uso de fake news contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por determinação do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, foi uma tentativa de erguer "um escudo para proteger a própria imagem".
"Talvez soubesse que voltaria a ser citado na Lava-Jato. Ele já havia sido lembrado na delação da OAS. Na semana passada, apareceu num e-mail interno da Odebrecht", diz Mello Franco em sua coluna no jornal O Globo.
"O presidente do Supremo se juntou à legião de figuras públicas com apelidos dados pela empreiteira. Depois do "Caranguejo", do "Botafogo", do "Decrépito" e do "Viagra", despontou como o "Amigo do amigo de meu pai". Em defesa do ministro, seu codinome foi citado sem a companhia de uma cifra", diz.
"Mesmo sem ter sido acusado de crime, Toffoli reagiu com fúria. Incentivou o colega Alexandre de Moraes a censurar a revista que publicou o e-mail. Depois da enxurrada de críticas, resolveu insistir no erro. "É necessário mostrar autoridade e limites", justificou. O excesso de soberba encorajou os ministros mais experientes a romperem o silêncio", afirma o jornalista.
Com Infor/Brasil247