As novas oportunidades podem estar relacionadas à desoneração da folha de pagamento prevista para o setor e outros 16 segmentos econômicos. É o que acredita o presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Francisco Pelucio. Ele defende a continuidade da medida até dezembro de 2023.
“Estamos na torcida para conseguirmos manter os empregos que já temos e, inclusive, poder contratar mais a partir de janeiro de 2022. Não faltou medicamento, não faltou alimento, não faltou abastecimento de combustíveis. Enfim, fizemos a nossa parte ao longo desses quase dois anos de pandemia”, afirma.
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Na avaliação do especialista em finanças Marcos Melo, manter a desoneração é importante para minimizar os efeitos negativos da pandemia. Para ele, esta é uma forma de dar fôlego aos setores que mais empregam e ainda precisam de medidas como essa para manter as contratações estáveis.
“O que se pretendeu foi justamente ajudar setores que agregam uma quantidade muito grande de mão de obra, incluindo a construção civil. Estamos percebendo uma melhora, e uma parte dessa recuperação se deve à manutenção da desoneração da Folha. Mas, ainda é preciso continuar durante um tempo, até que se perceba que a economia se recupera de forma consistente”, considera.
A proposta de prorrogar a desoneração foi recentemente aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e agora aguarda análise dos senadores. Da forma como está a legislação vigente, a desoneração vencerá no dia 31 de dezembro de 2021.
Segundo o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), os números de novos empregos podem ficar ainda melhores se a medida for aprovada. “Não aumentando custo da folha, a medida evita o desemprego e cria ambiente para criação de novas vagas caso haja ambiente de crescimento econômico”, defende o parlamentar, que foi relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.
Setores abrangidos pela medida
A proposta aprovada na CCJ também altera a legislação sobre temas tributários (Lei 12.546/11). A medida aumenta, ainda, em um ponto percentual, a alíquota de Cofins-Importação para um conjunto de produtos. Com isso, a ideia é equilibrar os custos entre bens produzidos no Brasil e no exterior.