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16/02/2022 às 17h51min - Atualizada em 17/02/2022 às 00h01min

Comunidade quilombola é ameaçada de despejo no Maranhão

Homens, mulheres, crianças e idosos vivem precariamente e dependem de doações porque não conseguiram reconstruir suas vidas

SALA DA NOTÍCIA REPAM - BRASIL
Repam Brasil
Diário de Balsas

 

 

Comunidades de Bom Acerto (MA), que está a cerca de 50 km da sede municipal de Balsas e reúne muitas comunidades quilombolas, recebeu decisão de reintegração de posse em favor de suposto proprietário da terra, o que colocou em risco a sobrevivência de oito famílias (cerca de 40 pessoas), de trabalhadores rurais. 

 

A comunidade foi constituída há mais de cinco décadas e lá, além da residência fixa, os camponeses realizavam diversos cultivos, como mandioca, milho, arroz, feijão, manga, caju, além da criação de galinhas e patos. Há pouco mais de um ano, a comunidade recebeu eletrificação rural.

 

Uma decisão judicial proferida por um magistrado estadual da 2ª Vara da Comarca de Balsas, que concedeu uma liminar de imissão na posse em favor de um latifundiário, desta cidade. Os conflitos agrários no estado do Maranhão alcançaram os maiores patamares de sua história e registra 297 comunidades em conflitos. 

 

Dom José Valdeci dos Santos Mendes, bispo de Brejo (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB, faz um clamor de justiça diante de série de execuções, ameaças e perseguições que têm marcado a vida da comunidade quilombola de Cedro e Flexeira, na Baixada Maranhense (MA), nos últimos dois anos.

 

“Essas ações materializam todo o mal que o estado do Maranhão tem feito aos povos quilombolas. As ameaças às terras, invasões e até mesmo agressões desonram a integridade dessas famílias, nascidas e criadas nessas comunidades.” Dom José Valdeci dos Santos Mendes, bispo de Brejo (MA). 

 

O despejo em 11 de agosto de 2020, autorizado por uma ordem judicial, posteriormente anulada, foi um dos mais graves e violentos da história recente do Maranhão e que resultou na destruição de todas as casas e roças dos moradores. Atualmente, estes homens, mulheres, crianças e idosos vivem precariamente e dependem de doações porque não conseguiram reconstruir suas vidas.

 

Os líderes e entidades católicas, reuniram-se e endereçaram uma carta à presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão para expressar a sua preocupação com a recente decisão prolatada no recurso de Agravo de Instrumento Nº 0800332-12.2022.8.10.0000.


 
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