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19/04/2022 às 18h27min - Atualizada em 19/04/2022 às 18h27min

Congelamento de 9 anos nas bolsas dos pesquisadores da FAPESB.

Por: Wilton Santos - Jbn Bahia

Caique Sobreira, um dos participantes do movimento pelo reajuste das bolsas de Pesquisa FAPESB, afirma que o que ocorre no Estado da Bahia é um descaso, uma falta de compromisso e de sensibilidade em relação à pasta da Educação por parte dos gestores públicos, e este fato é expresso e refletido no congelamento das bolsas de Pesquisa FAPESB por 9 anos em todos os âmbitos do ensino superior, seja na iniciação científica, no mestrado, no doutorado, no pós-doutorado etc.

Tal processo que, segundo as informações de Caique, se reproduz, inclusive, na contramão do que vem sendo construído em outros Estados da federação brasileira, a exemplo de Minas Gerais (FAPEMIG), Maranhão (FAPEMA), Rio de Janeiro (FAPERJ), Santa Catarina (FAPESC) e Amazonas (FAPEAM) que aprovaram reajustes ainda no ano de 2021. Essa “onda” permaneceu constante, em 2022, no Estado do Espírito Santo, onde a FAPES aumentou as bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado para R$2.100,00, R$3.050,00 e RS$5.200,00, respectivamente. Em Pernambuco, a FACEP realizou um reajuste que deixou a bolsa de mestrado no preço de R$2.000,00 e a de doutorado em R$3.000,00. O Estado do Paraná realizou um reajuste de 25%.

O Estado de Alagoas, por intermédio da FAPEAL, anunciou que o seu reajuste entrará em vigor a partir do edital de 01/06/2022. Enquanto outros Estados do Brasil já informaram a concretização dos reajustes, ainda neste primeiro semestre de 2022, o Governo da Bahia manteve a bolsa de mestrado em R$1.500,00 e de doutorado em R$2.200,00, um dos preços mais baixos do país no ramo da pesquisa científica. É preciso se levar em conta, também, que Estados como o de São Paulo efetuaram reajustes em anos anteriores aos supracitados.

 

De acordo com Caique, mestrando pela Universidade Católica do Salvador (UCSal) e pesquisador Interdisciplinar com bolsa pela FAPESB, para alcançar um preço justo para as bolsas, contemplando as correções monetárias devidas, após o congelamento de 9 anos, seria necessário um ajustamento das bolsas na Bahia na ordem de, aproximadamente, 78,50%. No entanto, o movimento é sensível às outras categorias da Educação e, por isso, reivindica um reajuste no patamar dos que estão ocorrendo nos outros Estados que abriram precedentes e, em vista disso, fundamentam completamente a demanda em voga, demonstrando, ainda que a Bahia é um Estado que está muito atrasado no tema e travando os avanços e incentivos à ciência. Para um reajustamento alinhado com as instituições de fomento da Educação e Pesquisa do Brasil,


retromencionadas, faz-se necessário um aumento, pelo Governo da Bahia, na casa dos 35% a 40% em cima dos preços atuais das bolsas FAPESB. 

Ademais, Sobreira informa que o movimento dos pesquisadores já realizou um estudo do orçamento do Governo que demonstra a ampla possibilidade de efetivar o reajuste pretendido e demandado. Portanto, segundo Caique Sobreira, todas as condições necessárias para a concessão dos reajustes estão postas, mas o fato é que o governo de Rui Costa (PT), em seus dois mandatos, não realizou qualquer reajuste nas Bolsas, nem sequer 1%.
 

Conforme informa Caique Sobreira, o pleito foi protocolado com direcionamento ao Governador da Bahia, Rui Costa, na sexta-feira, 25 de março, e até o presente momento não houve qualquer retorno ou resposta da Governadoria. Ao referido documento foi anexado um abaixo-assinado contendo a assinatura de mais de 1.100 pós-graduandos/as/es, sendo apoiado por pesquisadores de quase todas as Universidades da Bahia, tanto públicas quanto privadas.
Por fim, Caique destaca a atuação da APG-UFBA, associação de pós-graduandos/as/es da Universidade Federal da Bahia, que, sendo uma das poucas associações de pós-graduação em funcionamento no Estado, iniciou o processo de reinvindicação pelo reajuste, puxando o abaixo-assinado e, por consequência, conseguindo agrupar estudantes das mais variadas Universidades da Bahia que não têm uma associação própria para poder organizar uma demanda desta envergadura.

 
 

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