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17/06/2022 às 15h40min - Atualizada em 17/06/2022 às 16h01min

Inédito, musical “Céu Estrelado” estreia no CCBB-SP para sessões de 23 a 26 de junho, com um passeio pela cultura diversa do Brasil e pelo cancioneiro popular nacional

O espetáculo resgata músicas que fazem parte de nossa memória afetiva em uma história que reflete sobre relações familiares e nossa responsabilidade afetiva e social

SALA DA NOTÍCIA MAURICIO ANTUNES BARREIRA
Dalton Valério
O Brasil profundo, longe do litoral e dos grandes centros urbanos, apresenta uma cultura rica e diversa, fundamental para a compreensão da identidade nacional. Esse lugar, que pode estar na fronteira entre Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, no interior do Mato Grosso ou mesmo no nosso imaginário afetivo, ganha os palcos no musical inédito “Céu Estrelado”. O espetáculo, que estreou nacionalmente no CCBB do Rio, em 26 de maio, para temporada de duas semanas, já esteve no CCBB BH e no CCBB Brasília e agora segue para o CCBBSão Paulo (23 a 26 de junho).
 
Idealizado por Gustavo Nunes, com texto de Carla Faour, direção de Viniciús Arneiro e João Fonseca, direção musical de Tony Lucchesi e produção da Turbilhão de Ideias, o espetáculo faz um resgate do cancioneiro popular brasileiro em uma história que reflete sobre o nosso lugar no mundo a partir de relações pessoais e sociais. O projeto é patrocinado pela Brasilcap, empresa de capitalização da BB Seguros, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Os diretores Viniciús Arneiro e João Fonseca repetem uma bem-sucedida parceria, iniciada em “Cássia Eller – O musical”, para contar a história de Antonia, vivida pela cantora, compositora e atriz potiguar Juliana Linhares, uma das principais revelações da MPB na pandemia.
 
Na trama, a personagem, nascida na cidade fictícia de Carneirinhos, se muda para o Rio de Janeiro, brigada com o pai, seu Cris (Bruno Garcia), para tentar a carreira de cantora. Depois de alguns anos, ela está de volta a pedido da família para participar da festa de Santo Antônio na fazenda onde moram. Ao lado do namorado estrangeiro, Johnny (Hamilton Dias), Antonia vai reencontrar, além do pai, um antigo amor, Paixão (Daniel Carneiro), sua irmã Cidinha (Dani Câmara), e a faz-tudo da fazenda, Fafá (Natasha Jascalevich).
 
“A história nos leva a refletir sobre a inevitável passagem do tempo, o curso da vida e como é urgente e necessário que a humanidade resgate seu olhar sensível para a natureza”, comenta o diretor Viniciús Arneiro. “É também uma trama que fala sobre o que ganhamos e o que perdemos quando deixamos nossa cidade e nossas raízes para seguir um sonho, uma carreira. É uma peça delicada, leve e, ao mesmo tempo, dramática. Tem uma dramaturgia que vai nos surpreendendo”, acrescenta o diretor João Fonseca.
 
Com exceção do ator convidado Bruno Garcia, o elenco, formado por artistas de diferentes origens, foi escolhido em audições. “Tem gente que nasceu em Natal, Recife, Angra dos Reis, Goiânia, Rio de Janeiro. Os sotaques são muito distintos e se misturam em cena. Fizemos questão que permanecesse assim, para enfatizar que é também nessa multiplicidade cultural que reside a beleza do português não uniforme do Brasil”, conta Arneiro. Com uma longa carreira teatral, Juliana Linhares vive a sua primeira protagonista. “Comecei a fazer teatro de 9 para 10 anos, em Natal, e nunca mais larguei. Sou formada em direção teatral, mas comecei a cantar na faculdade na banda Pietá. Então, música e teatro sempre ficaram embolados na minha vida”, observa Juliana, muito elogiada por seu primeiro disco-solo, “Nordeste ficção”, lançado ano passado. “Juliana é uma cantora e uma atriz extraordinária. Sensível, inteligente e com uma voz que inunda a nossa alma do melhor do Brasil e da música brasileira”, elogia Fonseca.
 
A premiada autora Carla Faour, estreante em musicais, conta que criou uma história sobre afetos, família e memórias sem deixar de lado a crítica social ao expor a urgência de preservação de nossos recursos naturais. “A música popular brasileira se inspirou e se inspira muito na natureza do Brasil. Quantas de nossas canções não falam sobre nossas águas, rios, animais, a flora, a terra e sobre nosso povo? E, se por um lado, a gente tem essa biodiversidade que é um tesouro planetário, também temos essa falta de cuidado com o meio ambiente que traz consequências seríssimas”, avalia a dramaturga.
 
A intenção do produtor Gustavo Nunes, ao idealizar o espetáculo, era explorar o tema das migrações existentes no Brasil a partir de canções que emocionam e unem os habitantes das mais diversas regiões do país. “Minha vontade era fazer um resgate de músicas do cancioneiro nacional que não costumam ser tão prestigiadas no nosso teatro musical. Eu sentia falta de espetáculos que tratassem de nossas raízes, queria reunir canções com grande potência poética”. “Também é uma alegria poder voltar a trabalhar com os diretores João Fonseca e Viniciús Arneiro, após nossa bem-sucedida jornada com “Cássia Eller – o musical”, conta.
 
Na trilha sonora escolhida a dedo pela equipe criativa, estão canções de Milton NascimentoChico CésarChico BuarqueGilberto GilJovelina Pérola Negra, entre outras. O diretor musical Tony Lucchesi explica que o elenco vai ter o acompanhamento do violonista Gabriel Quinto, mas alguns dos atores também vão tocar instrumentos em cena. Além disso, todas as canções ganham novos arranjos para aumentar a dramaticidade das cenas. “As músicas foram escolhidas pela sua importância e beleza, mas também porque são essenciais para contar a história da maneira forte e poética”, conclui.

Ficha técnica:
Texto: Carla Faour
Direção Artística: João Fonseca e Viniciús Arneiro
Direção Musical: Tony Lucchesi
Idealização: Gustavo Nunes
Violonista, Coarranjador e Direção Musical Residente: Gabriel Quinto
Assistente de Direção: Dominique Arantes
Cenografia: Nello Marrese
Iluminação: Dani Sanchez
Figurino: Flavio Souza
Elenco: Bruno Garcia, Juliana Linhares, Daniel Carneiro, Dani Câmara, Hamilton Dias e Natasha Jascalevich
Coordenação de produção: Diogo Gallindo
Produção Executiva: Jenny Mezencio
Design: Julliana Della Costa
Uma produção original: Turbilhão de ideias
Apresentado por Brasilcap
 
Céu Estrelado
Centro Cultural Banco do Brasil SP - Teatro
Temporada23 a 26 de junho de 2022.
Dias e horários: Quinta e sexta às 19h; sábado e domingo às 17h.
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô.
Ingressos - R$ 30 e R$ 15
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 19h, exceto às terças
Informações: (11) 4297-0600.
Classificação – 12 anos. Duração – 1h30.
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228.
Valor: R$ 14 pelo período de até 6 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
 
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