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17/04/2020 às 21h51min - Atualizada em 15/07/2022 às 08h02min

"Todos temos o direito de dar uma revirada", disse Garcia-Roza, que morreu aos 84

CULTURA
https://memoria.ebc.com.br/cultura/2020/04/rr-todo-homemtem-o-direito-de-dar-uma-revirada-na-vida-disse-garcia-rosa-que-morreu

Um dia depois do Brasil perder o consagrado escritor Rubem Fonseca, a literatura nacional teve um novo momento de luto com a morte (na quinta, 17 de abril) de um mestre do romance policial, Luiz Alfredo Garcia-Roza, aos 84 anos de idade, no Rio de Janeiro (ouça também reportagem na Radioagência Nacional.  e na TV Brasil) Professor por quatro décadas na Universidade Federal do RIo de Janeiro (UFRJ), docente emérito, com formação em psicologia, filosofia e psicanálise, deixou a carreira para se enveredar em um novo território prestes a completar 60 anos de idade. Para ele, não era tarde para mudar caminhos profissionais, conforme detalhou em entrevista, no ano de 2016, ao programa "Observatório da Imprensa, ao jornalista Alberto Dines, que faleceu em maio de 2018.



Confira a entrevista





Na entrevista, o escritor detalhou os caminhos dessa nova investida, que lhe renderam uma produção de quem não tinha tempo a perder. Entre 1996 e 2014, foram 12 romances. Com o elogiado livro O silêncio da chuva, ganhou o Prêmio Jabuti, no ano de 2010.  Nas obras, criou um personagem célebre, o detetive Espinosa, um servidor público ético que investigava crimes no Rio de Janeiro. O livro Uma janela em Copacana (2001) inspirou uma série de TV, na GNT, Romance Policial - Espinosa. O trabalho, coincidentemente, foi dirirido por José Henrique Fonseca, filho de Rubem Fonseca. Para Garcia-Roza, Rubem era uma grande inspiração para ele. "Quando nos encontramos, nunca falamos sobre romance policial. Tinha medo de ser engolido", brincou na entrevista com Dines.



Garcia-Roza também admirava o escritor Edgar Allan Poe em função das opções narrativas diferenciadas. "O assassinato puro e simples dá a chave daquilo que vai constituir o fundamental da literatura policial. (...) acabo me colocando frente esta morte no lugar que não me caberia como escritor, que é o do investigador, que pode ser policial ou não", disse na ocasião. Garcia-Roza explica na entrevista que teve uma vida devotada à ciência e ao conhecimento, e em que fez reviradas que escolheu. Diferente de um romance policial, sem mistério. Era, para ele, o dever de um homem.



 




Fonte: https://memoria.ebc.com.br/cultura/2020/04/rr-todo-homemtem-o-direito-de-dar-uma-revirada-na-vida-disse-garcia-rosa-que-morreu
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