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28/09/2022 às 14h21min - Atualizada em 28/09/2022 às 14h21min

Inovação dos métodos diagnósticos e de tratamento uro-oncológicos agrega benefícios para o paciente.

Novidades serão debatidas em simpósio nos dias 14 e 15 de outubro.

Por Van Carvalho
Divulgação


Incorporação de novos exames de imagem, evolução da ressonância magnética, avanço dos softwares que melhoram a qualidade das imagens, expansão do exame de PET Scan com contrastes, desenvolvimento de pesquisas sobre biomarcadores, utilização crescente de terapias alvo-dirigidas, maior abrangência da imunoterapia e cirurgia robótica são algumas das grandes conquistas da uro-oncologia para tumores urológicos nos últimos anos. O resultado de tantas inovações inclui diagnósticos mais precoces e assertivos, tratamentos mais efetivos, menos comorbidades e mais qualidade de vida para os pacientes que precisam lidar com tumores na próstata, bexiga e rim, entre outros tipos de câncer urológicos. 


Todas essas novidades estarão em pauta no V Simpósio de Uro-oncologia da Bahia, nos dias 14 e 15 de outubro, no Hotel Mercure Rio Vermelho, em Salvador. Promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia seccional Bahia (SBU-BA) e pelo Grupo de Uro-Oncologia da Bahia (GRUOBA), com apoio da Associação Bahiana de Medicina (ABM), o evento reunirá urologistas, oncologistas, radioterapeutas, médicos nucleares, radiologistas, patologistas, cirurgiões vasculares, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas que atuam na área da uro-oncologia. A programação científica inclui atualizações, debates e apresentações de casos clínicos em um formato participativo, dinâmico e voltado para a prática do dia a dia. A programação completa do V Simpósio de Uro-Oncologia da Bahia está disponível no site www.abmeducacaopermanente.org.br.


Câncer de próstata - De acordo com o oncologista Fernando Nunes, membro da Comissão Científica do Simpósio, entre as inovações que mais se destacam no diagnóstico do câncer de próstata destaca-se o PET Scam com contraste do tipo PSMA, que oferece precisão diagnóstica muito maior do que os exames convencionais de ressonância magnética, tomografia e cintilografia na confirmação da recorrência desse tipo de tumor. “Especialmente para pacientes que apresentam elevação dos níveis de PSA (Antígeno Prostático Específico) após cirurgia e radioterapia, este exame pode fazer toda a diferença”, frisou. 


Do ponto de vista do tratamento do câncer de próstata, a cirurgia robótica, sem dúvida, aparece como um dos maiores avanços dos últimos anos. “A cirurgia auxiliada por robô permite uma intervenção mais fidedigna a partir de uma imagem tridimensional ampliada, com possibilidades de ressecções com menos morbidade, menos sangramento e melhor recuperação pós-operatória para os pacientes”, explicou Fernando Nunes. Ainda em relação ao tumor prostático, o oncologista chama atenção para a utilização crescente da terapia com moléculas radioativas (radioisótopos) e novos agentes hormonais para combater a doença. 


Bexiga e Rim - Sobre o diagnóstico do câncer de bexiga, o oncologista destaca a utilização crescente de marcadores biológicos (biomarcadores) que, ao indicarem a presença e a severidade (ou não) da doença, facilitam a definição do melhor tipo de tratamento para cada paciente. “A utilização de agentes que combinam imunoterapia com quimioterapia também tem trazido resultados promissores ao tratamento desse tipo de tumor. Já as novas terapias-alvo tem agido com efetividade em pacientes com mutações específicas em tumores de bexiga”, acrescentou . 


Para Fernando Nunes, os maiores ganhos da oncologia no que diz respeito ao tratamento do câncer renal são, além dos biomarcadores, as combinações de medicamentos e os tratamentos imunoterápicos iniciados logo após a cirurgia, os quais reduzem as possibilidades de recorrência da doença no futuro. “Muitos são os avanços e, por isso, os profissionais que atuam na uro-oncologia não podem abrir mão da atualização periódica em congressos, cursos, seminários, jornadas e simpósios”, afirmou. 


Diferente do que acontece nas unidades privadas de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) demora para incorporar as novas drogas e tecnologias utilizadas no tratamento dos mais variados tipos de câncer. Para mudar esta realidade, Fernando Nunes aposta no estabelecimento de parcerias público-privadas envolvendo a indústria farmacêutica e o governo. “Esta seria a melhor forma de viabilizar preços mais acessíveis aos tratamentos oncológicos mais avançados”, pontuou. 


Ainda segundo o oncologista, até os planos de saúde, muitas vezes, retardam a aprovação e a incorporação desses novos tratamentos. Por esta razão, a judicialização acaba sendo uma alternativa para algumas pessoas. “De modo geral, a maioria dos planos oferece um acesso razoável às inovações”, completou Fernando Nunes.




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