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16/11/2022 às 01h37min - Atualizada em 16/11/2022 às 01h37min

Lázaro Ramos lota a Arena Jovem da Bienal no lançamento do seu primeiro livro para adolescentes

O livro foi escrito durante a pandemia e conta a história de dois irmãos que ficam confinados em casa, enquanto o pai trabalha o dia todo e a mãe está viajando.

Por Van Carvalho
Divulgação


“Você não é invisível”, o primeiro livro de Lázaro Ramos voltado para o público jovem, foi lançado no domingo (13), na Arena Jovem, um dos espaços da Bienal do Livro Bahia. Embora o autor afirme que não escreveu pensando no público jovem, ele admite que as mensagens presentes no livro são direcionadas aos adolescentes, a começar pelo título. “Ao escrever, pensei no que gostaria de ter ouvido na minha adolescência: você não é invisível; você não precisa ficar sozinho nas suas angústias; você tem o direito de sonhar e fazer planos; você merece ser amado e respeitado.”


O livro foi escrito durante a pandemia e conta a história de dois irmãos que ficam confinados em casa, enquanto o pai trabalha o dia todo e a mãe está viajando. Eles têm personalidades diferentes, mas buscam entender seu lugar no mundo. Apesar de todas as formas de comunicação disponíveis hoje, eles não se comunicam. O livro fala do sentimento da invisibilidade, que tem a ver com a raça, o gênero, a sexualidade, mas não está relacionado à presença.


Lázaro Ramos chama a atenção para o que ele chama de presença ausente, algo que considera muito comum na atualidade. É comum você estar falando com alguém que está com o olhar fixo no celular, gente que está apenas fisicamente no ambiente. “A presença ausente é muito comum em casa”. Existem várias formas de comunicação, mas muitas vezes as pessoas esquecem do contato mais próximo, direto. “Vocês têm noção que estão aqui para celebrar a palavra e o livro?”, comemora, lembrando que a presença do público lotando a Arena Jovemnão deixa de ser uma pequena revolução.


O ator e escritor aproveitou para homenagear os professores, pedindo uma salva de palmas para esses profissionais necessários e nem sempre valorizados. Lázaro conta que antes da publicação, o livro foi enviado de forma anônima para uma escola pública e uma particular para que os alunos pudessem se manifestar sobre o conteúdo. Ele informou que as escolas interessadas em agendar visitas com apresentação do livro podem entrar em contato com a editora para fazer o agendamento, mas avisou que a fila está grande por conta da pandemia.


Ao abrir para perguntas, o público aproveitou para saber mais sobre o livro “Na minha pele2”, que ele disse que está pronto mas só será lançado no final do próximo ano. Lázaro falou também sobre o filme “Ó paí ó”, que está sendo atualizado por conta dos 15 anos desde o lançamento. “O filme é diferente do primeiro, porque nesses 15 anos a sociedade mudou”, explica.


O ator aproveitou para contar uma história da filha Maria Antônia que ele disse contar sempre, mas que ilustra bem o jeito dela. Ele disse que ela pediu para ele comprar um salto alto para ela. Ao negar, ele argumentou que não era saudável, que ela precisaria crescer mais, lembrou das responsabilidades dele, enquanto pai, com o bem estar e a segurança dela e finalizou dizendo que ele poderia ser preso por colocá-la em perigo. Após ouvir todo o discurso, a filha pergunta: “Quando você for preso, posso usar salto alto?”


Lázaro encerrou o bate-papo lembrando que “estamos no momento de viver de novo a convivência coletiva”. É preciso ter respeito, falar e ouvir, debater sem agressões. “Nossa nação só vai ser plena quando todos tiverem direitos iguais”, finalizou sob os aplausos e gritos de satisfação do público.   


Manual de sobrevivência na natureza


Os autores  Mari Fulfaro e Iberê Thenório aproveitaram a Bienal do Livro Bahia para lançar o novo livro “O guia de sobrevivência na natureza do Manual do Mundo”, neste domingo (13), na Arena Jovem. De acordo com Mari Fulfato, o livro traz um leque de possibilidades de sobrevivência na natureza, sob qualquer circunstância, de forma divertida. Iberê explica que considera importante que as pessoas saiam um pouco da frente da tela (celular, tablet ou computador) para ler e aprender mais. O aprendizado no vídeo é passivo. O livro permite a associação com a realidade, colocando em prática o aprendizado.

A grife Manual do Mundo engloba um canal no YouTube e um website especializados em conteúdos educativos e de entretenimento, além de uma série de livros. Os vídeos mostram desde experiências científicas, culinária, mágicas até pegadinhas para fazer com os amigos. O novo livro é um manual de sobrevivência, que ensina a se orientar na mata, montar abrigos, organizar os equipamentos, conhecer e usar as plantas comestíveis, entre outras atividades.

 

Café Literário abre espaço para debater linguagem cinematográfica, com Aldri Anunciação e Fanny Oliveira

 

O ator, roteirista e apresentador de TV Aldri Anunciação e a educadora, cineasta e fotógrafa Fanny Oliveira foram os convidados do painel Câmeras, ideias, ação, realizado na tarde deste domingo (13), no Café Literárioda Bienal do Livro Bahia. Os convidados falaram sobre os caminhos percorridos pelo cinema baiano, dos anos 1960 até os dias atuais, e da relação entre a literatura e o audiovisual.


De acordo com Aldri, tanto os cineastas baianos dos 1960 quanto os contemporâneos, sobretudo da cidade de Cachoeira, são marcados por uma “subversão positiva” que influencia bastante a sua maneira de escrever.

Ainda segundo Aldri, é muito íntima a relação entre cinema e literatura, uma vez que todo filme, antes de ser filmado, foi escrito na forma de roteiro. “Antes de virar filme, há um intermédio da palavra escrita, que é uma forma de literatura”, disse.


Em contrapartida, ele disse também que todo livro é um filme criado na cabeça do leitor. Aldri citou como exemplo a cidade de Macondo, cenário do romance Cem anos de anos de solidão, de Gabriel García Márquez. “Cada leitor cria na sua cabeça uma Macondo diferente”.


Para Fanny Oliveira, pensar em imagens significa trabalhar a construção de uma sociedade, mas também da identidade. Ela relata que na contação de histórias, sobretudo por aquelas pessoas mais antigas, é possível enxergar a relação direta que existe entre a literatura e as imagens.


“A minha avó foi a melhor contadora de história que eu já conheci. Ela conta a história de São Thomé de Paripe porque quando olho para cada pedacinho daquele lugar eu vejo a minha avó”, descreveu Fanny. 



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