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15/08/2023 às 14h29min - Atualizada em 16/08/2023 às 00h03min

Marcha das Margaridas ocupa Senado Federal

“Marchamos por democracia, soberania popular, poder e participação política das mulheres. Por isso, valorizamos esse espaço no qual estamos sendo recebidas", diz coordenadora do movimento, Mazé Morais.

Agencia Brasil
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-08/marcha-das-margaridas-ocupa-senado-federal



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Nesta terça-feira (15), centenas de mulheres participantes da 7ª Marcha das Margaridas



 
ocuparam o plenário do Senado Federal, em sessão extraordinária em homenagem ao evento.



 



A sessão foi requerida e presidida pelo senador Beto Faro (PT-PA) que discursou sobre dupla jornada feminina e direitos fundamentais. “Não deveria ser assim, mas, segurança alimentar, moradia renda, uma vida sem violências, ainda



 
são privilégios de uma minoria, apesar de compor direitos universais previstos na Constituição Federal. A responsabilidade de mudar esse cenário é de todos os brasileiros e brasileiras, mas principalmente de nós, representantes eleitos pelo voto direto da população”, afirmou o parlamentar.



 



Na tribuna do Senado, a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a piauiense Mazé Morais, comparou o plenário da casa a um jardim florido de margaridas. Mazé lamentou que poucas vezes espaços



 
como o do Congresso Nacional



 
recebem as mulheres, em especial, as negras e pobres, e por isso, a data de hoje foi celebrada por ela. “Marchamos por democracia, soberania popular, poder e participação política das mulheres. Por isso, valorizamos esse espaço no qual estamos sendo recebidas agora. Nele queremos afirmar que somos solidárias às companheiras [parlamentares] que enfrentam constantemente a tentativa de silenciamento e de intimidação, como forma de violência, porém, não se cala e nem foge da luta, como disse Margarida Alves”, enfatiza a coordenadora.



 




“A desigualdade social brasileira é preta e tem corpo de mulher. Se os nossos corpos existem é porque eles também resistem. E nós queremos que os nossos corpos estejam representados onde se toma a decisão, no lugar de poder, no Estado racista, patriarcal, machista, misógino e que não cabe a mulher. Notadamente se essa mulher for negra, indígena, periférica, do campo, da floresta e das águas”.



 




A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, celebrou a ocupação de Brasília pelas ‘margaridas’, nesta terça (15) e quarta-feira (16). A ministra relembrou a sanção da lei



 
de igualdade salarial entre homens e mulheres



 
e que a pasta, neste ano, seguirá pelo país, em marcha contra a misoginia e o feminicídio para enfrentar o ódio que tem estimulado todos os tipos de violência contra a mulher.



“Nós vamos marchar neste país junto com vocês contra a misoginia, o ódio, contra o feminicídio, contra o estupro e a violência sexual, porque esse é o nosso papel. A marcha é individual e coletiva. E ao governo cabe fazer políticas públicas. E nós vamos fazer política pública



 
e implementá-las”, declarou a



 
ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.



 



Sustentabilidade




Plenário do Senado Federal durante sessão especial para homenagear a Marcha das Margaridas. Foto: Roque de Sá/Agência Senado<br /> <br /> O movimento, que surgiu no ano 2000, reúne mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta em busca de visibilidade, reconhecimento social e

Plenário do Senado Federal durante sessão especial para homenagear a Marcha das Margaridas. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O movimento, que surgiu no ano 2000, reúne mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta em busca de visibilidade, reconhecimento social e






Sessão Especial - Marcha das Margaridas



 
Foto: Roque de Sá/Agência Senado



Em discurso, a representante da Marcha Mundial de Mulheres, Sônia Maria Coelho Gomes Orellana, alertou que a reconstrução do Brasil passa por colocar a sustentabilidade da vida no centro da política. Sônia considera



 
a mobilização social fundamental para conquistar avanços. “Não vamos reconstruir esse país se não tiver democracia, a mobilização social e, principalmente, a participação e o protagonismo das mulheres negras, das mulheres do campo da floresta e das águas”.



 



O ministro do



 
Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, enumerou as ações do governo federal nos primeiros oito meses de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltadas às mulheres.



 



Paulo Teixeira citou o incremento de recursos federais na assistência técnica rural (Ater) na agricultura comandada por mulheres, no país; no Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), as compras públicas de alimentos para os órgãos públicos, como hospitais, quarteis das Forças Armadas; o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mulher, o financiamento para compra de pequenos maquinários agrícolas que beneficiam esse público, entre outras.



 




“O importante é continuar a marcha para mudar o Brasil e construir o país do bem viver. A revolução é ecológica e é feminina. Por isso, vamos transformar esse país em um lugar mais justo”, reforçou



 
Paulo Teixeira.



 




O senador Paulo Paim (PT-RS) é relator do projeto de lei que registra o nome de Margarida no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria (PLC 63/2018)



 
e será apreciado na sessão plenária



 



 
desta quarta-feira (16). Sobre a igualdade salarial, o parlamentar gaúcho parabenizou o governo federal pela sanção da lei. “Quem ganhou foram as mulheres, foram os homens e o Brasil ganhou igualmente”.



 



Após a sessão solene no Congresso, as margaridas retornaram ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. A programação em curso conta com diversas atividades, como



 
oficinas temáticas, painéis e rodas de conversa, entre outras. A



 
população de Brasília pode participar.



 



A abertura oficial da Marcha das Margaridas está agendada para 17h, no mesmo local, com a presença confirmada do presidente Lula, ministros e convidados.



 




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-08/marcha-das-margaridas-ocupa-senado-federal
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