No sábado, quando já existiam sinais de que um ataque poderia acontecer, o preço do petróleo brent, que é produzido no mar do norte da Europa, chegou a custar U$ 92 por barril. Já, nesta segunda (15), o preço caiu para U$ 89.
"Qualquer faísca realmente vai provocar uma alta nos preços. Isso de fato impacta decisivamente no preços de petróleo no mundo inteiro. O Brasil é um grande produtor de petróleo. Em parte, ele pode até ganhar em função das exportações. Mas o preço do combustível internamente deve subir. Não tenha dúvida".
O professor de Relações Internacionais da USP, Pedro Dallari, também acredita que uma tensão na região vai impactar o comércio de combustíveis no mundo. Ele lembrou do navio com bandeira portuguesa apreendido pelo Irã no Golfo Pérsico no sábado.
"Se o crescimento das hostilidades na região paralisa ou dificulta o comércio no Golfo Pérsico, isso pode ter um efeito muito significativo no fornecimento do petróleo com o aumento do preço do barril de petróleo no mundo todo. E com o impacto na economia que é muito dependente do petróleo, inclusive no Brasil".
O que os especialistas dizem é que uma resposta mais forte de Israel pode escalar o conflito na região. Por isso, há pressão internacional, inclusive dos Estados Unidos, por uma reação mais moderada.