O bom resultado primário, que não inclui o pagamento de juros, vem graças aos governos estaduais e municipais. Em março, eles tiveram superávit de quase R$ 3,5 bilhões enquanto o Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central, e as empresas estatais tiveram déficit.
O economista José Luiz Oreiro diz que a volta do ICMS sobre os combustíveis melhorou a arrecadação dos estados. E o governo federal ainda é impactado por medidas tomadas na gestão anterior.
Os juros pagos em março foram de mais de R$ 64 bilhões. Então, se incluirmos no cálculo das contas, o setor público registrou um déficit de R$ 63 bilhões em março.
O gasto com juro, e que vem aumentando, é o que preocupa, segundo o economista André Roncaglia.
A dívida bruta do Brasil foi de mais de R$ 8 trilhões em março, 75,7% do PIB. Aqui são as contas do governo federal, INSS e estados e municípios.