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14/08/2020 às 17h14min - Atualizada em 14/08/2020 às 17h14min

'Cangaceiros' de Brumadinho tinham explosivos potentes e vida de crimes

© Leandro Couri/EM/D.A.Press



quadrilha de cinco homens que tentou roubar uma agência da Caixa Econômica Federal de Brumadinho, na Grande BH, durante a madrugada desta sexta-feira (14), não era de amadores. Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), os envolvidos na ação são assaltantes de banco contumazes, com passagens por homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de armamento pesado. 

 

Três deles morreram na troca de tiros com agentes do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope). Para tentar fugir, os bandidos chegaram a invadir uma casa, onde fizeram três reféns - pai, mãe e filha. Uma quarta pessoa foi sequestrada em Itaguara, a 80 quilômetros de Belo Horizonte, para dirigir um dos dois veículos utilizados no crime.

Não houve mortos ou feridos entre as vítimas ou agentes mobilizados na operação. Os dois criminosos sobreviventes foram presos e serão apresentados à Polícia Federal ainda esta tarde, já que o ataque envolve instituição financeira ligada ao governo federal.  

Junto com os ladrões, foram apreendidas duas pistolas semi-automáticas e mais três armas - entre elas, uma espingarda calibre 12. O grupo portava ainda muita munição, um colete revestido com cerâmica, à prova de tiros de fuzil, e quatro "metalons" - caixas metálicas carregadas com explosivos caseiros potentes.  

 

Cerco e tiroteio

De acordo com a PM, os assaltantes são da região de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, e já eram monitorados pela corporação. A informação de que o grupo planejava um assalto teria chegado ao 23° Batalhão da PM, responsável pela cidade, na tarde dessa quinta-feira (13). A denúncia foi repassada ao setor de inteligência do Bope que, após investigação, descobriu que o bando pretendia explodir caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal de Brumadinho. "O Bope, então, começou a se planejar para fazer a abordagem e impedir o evento", conta o comandante Carlos Eduardo Ferreira. 

O cerco montado para prender os criminosos esta madrugada envolveu 62 policiais - 22 do bope, 28 do 2° Batalhão de Policiamento Especializados (GER) e 12 do efetivo de Divinópolis. Os bandidos chegaram a explodir a porta de entrada da agência bancária e partiam para o estouro dos caixas, quando foram surpreendidos pelos agentes. "Os infratores então começaram a efetuar disparos contra a guarnição que, para sua legítima defesa, também efetuou disparos. Foram atingidos três infratores", descreve o comandante Ferreira, referindo-se aos três mortos do tiroteio. 

Durante a troca de tiros, os policiais identificaram que o motorista de um dos carros que conduzia quadrilha não era participante do crime, mas refém dos ladrões."Ele apresentava um comportamento completamente diferente dos demais. Não estava armado, e parecia muito assustado. Graças a técnica do Bope, ele foi preservado a todo momento. Posteriormente, nós descobrimos que essa pessoa era uma vítima", relata o comandante Ferreira. 

Segundo a PM, o homem, que não foi identificado, teria sido sequestrado em Itaguara, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para transportar o grupo até Brumadinho. "Trabalhamos com a hipótese de que o bando tenha tenha se encontrado na Zona Rural de Itaguara e, de lá, seguido para o banco de Brumadinho", detalha o Major Comandante Wamberto Magalhães, do 48° Batalhão de Minas Gerais.   

 

Reféns

A dupla que sobreveu à troca de tiros tentou fugir a pé e chegou a se esconder em um casa situada a cerca de quatro quarteirões da agência assaltada. Lá, tomaram os três moradores como reféns - pai, mãe, e filha. A localização dos fugitivos, segundo os militares, foi revelada por vizinhos da família, que acionaram a PM após constatarem movimentação estranha e a presença de pessoas com armas de fogo nas redondezas. 

"Imediatamente, nós redirecionamos a equipe ao local e iniciamos a negociação. Os assaltantes foram convencidos a se entregar, após garantia de que teriam a vida preservada, além de todos os direitos constitucionais assegurados. Foi uma negociação tranquila", afirma o Carlos Eduardo Ferreira. Toda a operação, de acordo com o militar, durou cerca de 7 horas - de 3h da madrugada até aproximadamente 9h da manhã. 

 

Novo cangaço

Os militares acreditam ter capturado o líder da organização criminosa, que saiu da prisão há duas semanas. Ainda de acordo com a corporação, o crime tem características do fenômeno conhecido como "novo cangaço". Ou seja: ataques a pequenas cidades, uso de arma de fogo e tomada de reféns. "É um fenômeno que vêm ocorrendo e está sendo arrefecido com atuação da polícia militar. Nós estamos fazendo um acompanhamento. Todo o sistema de inteligência da Polícia Militar está envolvido nisso", disse o comandante do Bope Carlos Eduardo Ferreira.



Com Infor/
EM.com.br

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