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08/02/2023 às 20h44min - Atualizada em 09/02/2023 às 00h01min

Nove motivos para celebrar o Dia Mundial do Feijão em 10 de fevereiro

Sustentável e diversificado, o feijão é um aliado delicioso no combate à fome, para prevenção de doenças e para mitigação das mudanças climáticas.

SALA DA NOTÍCIA Valle da Mídia
Indispensável no prato dos brasileiros, o feijão, desde 2019, tem um dia para chamar só de seu... ou não. Na verdade, a data vai além,  o feijão nosso de cada dia divide a celebração com a fava, grão-de-bico, ervilha, e outras sementes leguminosas conhecidas também como pulses.

O feijão é um alimento cultivado em todas as regiões do país, tem mais de quatro mil espécies pelo Brasil e pode ser um alimento muito versátil. A combinação do arroz com feijão oferece uma fonte segura e suficiente de proteínas, além de fibras, vitaminas e minerais.

Instituída pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em 2019, a iniciativa busca manter o legado positivo da campanha realizada durante o Ano Internacional das Leguminosas em 2016 e, entre as suas missões estão: aumentar a conscientização pública sobre os benefícios nutricionais e a contribuição das pulses para a segurança alimentar; a adaptação às alterações climáticas; encorajar a uma maior produção global de leguminosas para promover a agricultura sustentável e contribuir para o combate à fome no mundo.

No entanto, em notícias atuais, o cenário não é animador. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada de feijão no Brasil caiu nos últimos 40 anos. Para se ter uma ideia, entre 1981 e 1982, a área dedicada ao feijão era de 6,153 milhões de hectares, já em 2021/22, desceu para 2,816 milhões, uma queda de 54%. Segundo especialistas da consultora Safra e Mercado, o feijão mais afetado com a queda de produção é o carioca, pois é produzido e consumido apenas no Brasil e com isso não oferece vantagens para a exportação, logo sua área de plantio também é menor.

"O feijão faz parte da nossa cultura, da nossa história e tem uma relação direta com a bioeconomia. Ele pode ser consumido em saladas, aperitivos, pastas, pães, massas, e até sobremesa. E pode (E deve!) também ser insumo para a indústria de proteínas alternativas, que hoje é importado, alcançando o Brasil papel de destaque nessa nova tecnologia.", explica Mônica Buava, Diretora de Estratégia da Sociedade Vegetariana Brasileira.

De fato, o que não faltam são motivos para que o feijão e as pulses sejam protagonistas no prato dos brasileiros:

1- Chamado de superalimentos, as leguminosas são fontes de proteína vegetal ricas em vitaminas, antioxidantes e aminoácidos essenciais. São poderosas no controle do peso, auxiliam no controle de doenças crônicas e ainda previnem alguns tipos de câncer.

2- Os feijões possuem baixo teor de gordura, de sódio e não contém colesterol.  São ricas em ferro, potássio e fibras - tão necessárias para auxiliar a saúde digestiva e ajudar a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares. Para diabéticos, são alimentos de baixo índice glicêmico e com isso, ajudam a estabilizar os níveis de açúcar e de insulina no sangue.

3- Naturalmente isentos de glúten, são alimentos ideais para celíacos.

4- Por serem ricas em proteínas, se tornam ideais para consumo em todas as classes sociais. Assim como por poderem ser armazenadas por um longo período, podem ajudar a aumentar a diversidade das dietas, especialmente em regiões mais carentes de infraestrutura.

5- Promoção do desenvolvimento social. As leguminosas são uma importante cultura agrícola porque podem ser vendidas e consumidas pelos agricultores e suas famílias. Essa possibilidade ajuda a manter a segurança alimentar rural e a criar estabilidade econômica.

6- Seu cultivo é 100% sustentável. Além dos benefícios para a saúde, as pulses contribuem positivamente para a manutenção do meio ambiente e evitam o desperdício.

7- As leguminosas podem contribuir para a mitigação das mudanças climáticas, isso porque elas possuem propriedades naturais de fixação de nitrogênio que ajudam a melhorar a fertilidade do solo, reduzindo a dependência dos fertilizantes sintéticos que liberam os gases de efeito estufa durante a sua fabricação e a aplicação. 

8- Ao utilizar as leguminosas para intercalar as colheitas, os agricultores também podem promover a biodiversidade agrícola e do solo mantendo as pragas e doenças prejudiciais distantes, assim como as pegadas de baixo carbono contribuindo para impactos ambientais positivos.

9- É um alimento do futuro, pois tem potencial para promover o alcance da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) e sua relevância particular para os objetivos da erradicação da pobreza, Fome zero e agricultura sustentável, Saúde e bem-estar, Trabalho decente e crescimento econômico, Consumo e produção responsáveis,  Ação contra a mudança global do clima e  Vida terrestre.

É necessário tratar o feijão como prato principal. Pensando nisso, a Sociedade Vegetariana Brasileira lançou um livro com receitas de entrada até sobremesa usando feijão.

“Nosso objetivo é colocar o feijão como protagonista do prato do brasileiro, mostrando para população e para profissionais de saúde que optar por fontes vegetais de proteína é uma escolha poderosa para alcançarmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, conclui Mônica.

Um novo e-book, elaborado pela Sociedade Vegetariana Brasileira, traz receitas saudáveis e balanceadas, incluindo até sobremesas, elaboradas com leguminosas e insumos de fácil acesso e baixo custo que ajudem a expandir a ideia de texturas e formatos, fortalecendo sua importância social, econômica, cultural e histórica.

O acesso ao material completo de “Feijão Nosso de Cada Dia” pode ser feito através do link: www.comafeijao.com.br 
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