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11/07/2022 às 15h22min - Atualizada em 12/07/2022 às 00h02min

Circuito Futebol Social garante dia de inclusão, alegria e diversão na Aldeia Guarani, em Parelheiros (SP)

No extremo sul da cidade, onde vivem cerca de 1.500 indígenas, estiveram reunidos nove times mistos. A equipe Brasil foi campeã ao vencer a Gaviões por 6 a 4. O Circuito segue, agora, para o Pará, no dia 22 deste mês

SALA DA NOTÍCIA Gustavo Coelho
Uma etapa extra do Circuito Futebol Social movimentou a Terra Indígena Tenondé Porã, na região de Parelheiros, no extremo sul da cidade de São Paulo, no sábado (9). Um dia muito especial, de inclusão, alegria, respeito, em que todos saíram vencedores, jogando juntos.  A disputa contou com nove equipes mistas e o título ficou com a Brasil, que derrotou na final a Gaviões por 6 a 4.

Estiveram reunidos na Aldeia Guarani, onde vivem cerca de 1.500 índios, além de Brasil e Gaviões, os times do Ikatu, Benites, Kalipety, Guerreiras, Xondaros, Guyra e Kutiju. A etapa contou também, paralelamente aos jogos, com uma Clínica de Freestyle, para meninos e meninas.

O Circuito Futebol Social 2022 começou no fim de semana dos dias 25 e 26 de junho, em Sorocaba, no interior paulista, e terá mais sete etapas, seguidas pela Copa Futebol Social, em janeiro de 2023. A próxima será nos dias 22, 23 e 24 deste mês, em Ananindeua, na Grande Belém, no Pará. Entre as duas primeiras disputas, essa parada na Aldeia Tenondé Porã.

"Achamos muito bacana conhecer esse futebol, que tem o lado social. A importância da presença aqui é tanto no curto como no longo prazo, pensando nos projetos, no incentivo para os jovens, de como podemos trabalhar a questão do esporte dentro das comunidades, como inserir dentro da nossa cultura. Conheci o Futebol Social há dois anos e pude ver que traz essa inclusão, que está voltado para todos e para todas", afirmou Tiago, líder da Aldeia.

Organizado pela ONG Futebol Social, o Projeto Futebol Social conecta jovens e comunidades carentes de todo o País. As competições são realizadas dentro das comunidades, tendo como objetivo engajar moradores e familiares, oferecendo às pessoas em vulnerabilidade social um projeto de futuro.

"Um dia muito especial para o Futebol Social. Novamente estar aqui nas terras indígenas. Momentos muito felizes. O esporte é um instrumento fundamental na inclusão. E o Futebol Social é diferente. Importante é a participação. No final premiamos a todos, para não ter exclusão e, sim, inclusão. Vimos aqui as meninas jogando com os meninos, as crianças jogando com os adultos, com um respeito mútuo. Como é importante esse respeito. Lição que tivemos com os indígenas que a igualdade perante a sociedade deve vir em primeiro lugar", destacou Pupo Fernandes, da ONG Futebol Social.

Um pouco das regras - No futebol social, as medidas do campo são reduzidas: apenas 22 metros de comprimento e 16 de largura. O tamanho do gol é de 4 metros de largura por 1m30 de altura, com profundidade de aproximadamente 1 metro. E a área de gol: meio círculo com 4 metros de raio. São dois tempos de sete minutos, com intervalo de um minuto. Em cada equipe, três jogadores na linha e um no gol. Os goleiros não podem sair da área, marcar gols, ou fazer cera. Os jogadores de linha também estão proibidos de invadir a área dos goleiros, sob a pena de um pênalti para o time adversário.

O Fair Play (jogo limpo) é incentivado nos torneios. Para os jogadores que não atuarem nesse espírito do Fair Play, há penalidades: cartão azul (dois minutos fora do jogo) ou vermelho (expulsão do jogo) e, em último caso, exclusão do torneio.  A equipe vencedora recebe 3 pontos. A equipe perdedora zero. Se um jogo terminar em empate, ele é decidido por  uma disputa de pênaltis intercalada (morte súbita), onde a equipe vencedora recebe 2 pontos e, a equipe perdedora, 1 ponto.

Oito etapas em cinco estados - A Rede Futebol Social conta com dez núcleos principais: São Paulo (São Paulo, Mongaguá, Sorocaba e Parelheiros), Pará (Ananindeua), Ceará (Barbalha), Maranhão (São Luís), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro e São Gonçalo) e Distrito Federal (Brasília). O Circuito Futebol Social 2022 será disputado ao longo do ano em oito etapas em cinco estados e no Distrito Federal a partir desses 10 núcleos, envolvendo mais de 100 entidades e impactando diretamente cerca de 1.200 jovens e, indiretamente, ao menos 10 mil jovens. E, em janeiro será realizada a etapa nacional, a Copa Futebol Social, em Mongaguá, na Baixada Santista, com a participação de representantes de todas as etapas do Circuito.

"Futebol Social: ganhar é virar o jogo!" - Participam da Ong Futebol Social jovens de 16 a 20 anos, que vivem em situação precária de moradia (ou sem moradia), sob risco social e sem condições plenas de desenvolvimento, ligados a projetos sociais e/ou movimentos comunitários que fazem parte de Rede Futebol Social. Hoje são mais de 100 projetos parceiros. "Futebol Social: ganhar é virar o jogo!" é o lema da Ong.

Brasil, tricampeão mundial de Futebol Social - Um dos resultados do projeto é a formação das seleções brasileiras masculina e feminina que jogam o Campeonato Mundial de Futebol Social (Homeless World Cup) e outros eventos internacionais. O Brasil é tricampeão mundial no masculino (2010, 2013 e 2017) e campeão no feminino, em 2010. A próxima edição da Homeless World Cup será em Nova Iorque, no próximo ano.

O Circuito Futebol Social 2022 é uma realização da ONG Futebol Social, com patrocínio da Sul América e CSN. A Copa Futebol Social tem patrocínio do Nubank.

Calendário 2022

Circuito Futebol Social
Sorocaba/SP - Interior SP - 24, 25 e 26 de junho
Parelheiros - Índios Guarani - 9 de julho (etapa extra)
Ananindeua/PA - Grande Belém - 22, 23 e 24 de julho
Barbalha/CE - Cariri Cearense - 12, 13 e 14 de agosto
São Luís/MA - Grande São Luís - 9, 10 e 11 de setembro
Brasília/DF - Capital da República - 21, 22 e 23 de outubro
São Gonçalo/RJ - Grande Rio - 4, 5 e 6 de novembro
São Paulo/SP - Grande SP - 9, 10 e 11 de dezembro
Mongaguá/SP - Baixada Santista - 13, 14 e 15 de janeiro de 2023

Copa Futebol Social
Mongaguá/SP - Baixada Santista - 20, 21 e 22 de janeiro de 2023

Sobre a Ong Futebol Social - Com patrocínio de Sul América, Nubank, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Projeto Rexona Quebrando Barreiras, o Futebol Social promove um movimento pioneiro que conecta jovens e comunidades carentes de todo o País, tendo como objetivo principal integrar, motivar e fortalecer seus participantes. Fazem parte da rede diversos projetos sociais e movimentos comunitários atuantes em periferias, favelas, entre outros grupos e regiões socialmente excluídos. Desde 2004, o projeto já atendeu a mais de 20 mil jovens e participou de mais de 20 eventos internacionais, incluindo a Copa do Mundo de Futebol Social (Homeless World Cup).
 
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