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08/11/2022 às 01h31min - Atualizada em 08/11/2022 às 01h31min

Estado da Bahia é pioneiro em Indicação Geográfica de vinhos tropicais.

Com o selo, a Europa, referência na produção de vinhos no mundo, reconhece a região do Vale do São Francisco como referência no Brasil em produção de vinhos.

Por Van Carvalho
Divulgação


Em um marco histórico para a vitivinicultura baiana e brasileira, a região do Vale do São Francisco acaba de receber o reconhecimento de ter a primeira indicação de procedência de vinhos tropicais no Brasil. Com este selo, a Europa, referência na produção de vinhos no mundo, reconhece a região como referência no Brasil no tocante à produção de vinhos. Antes disso, o Vale do São Francisco (VSF) tinha apenas reconhecimento pelo manejo e produção de uvas de mesa e frutas tropicais. O registro conquistado - Indicação de Procedência Vale do São Francisco - abre mercados internacionais para o vinho baiano.


Todo o processo que levou à obtenção do selo foi executado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com resultado anunciado no último dia (1). O novo status da região foi publicitado por meio de publicação na Revista de Propriedade Industrial (RPI) nº 2704 e o levantamento para se conseguir o selo é baseado em requisitos equivalentes aos da União Europeia. A demanda para o estudo partiu do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf), instituição privada, sem fins lucrativos, que congrega os produtores, viticultores, além de vinícolas da região produtora de vinhos.


A nova indicação protege vinhos originais do Vale do São Francisco, indicada como região geografia peculiar no contexto mundial, levando em consideração a diversidade de tipos de uvas que podem ser cultivadas. No Vale do São Francisco pode-se encontrar variedades adaptadas a diferentes condições de clima, solo e biomas. O registro conseguido contribui com o fortalecimento da relação entre as vinícolas da região, especialmente pela busca comum de melhoria constante na qualidade e expressão da tipicidade nos vinhos elaborados.


Para o Secretário da Agricultura do Estado da Bahia, Leonardo Bandeira, o selo, além de agregar valor aos vinhos produzido no Vale do São Francisco, mostra-se como exemplo da eficiência do trabalho realizado no campo, na Bahia, estado que, frisa o secretário, entrega produtos de qualidade para os mercados interno e externo. “A nossa região do Vale do São Francisco é capaz de produzir uma média de 1,5 milhão de litros de vinho por ano. Mas nessa parte da Bahia também merece destaque a produção de espumantes, que está em aproximadamente três milhões de litros por ano”, dimensionou Bandeira.


Essa conquista é fruto do esforço de diversas instituições e dos produtores da região. Organizações de pesquisa e ensino (Embrapa, Univasf, Uneb), entidades públicas e privadas (Valexport, Senar), seguiram em busca de entregar para os mercados interno e externo o melhor que a região pode produzir, em termos de produtos derivados da produção de uvas. “Os vinhos do Vale são únicos e, num futuro breve, a partir de 2023, o consumidor poderá degustar os primeiros com a Indicação de Procedência, um selo que faz com que os produtos da região entrem no seleto grupo de vinhos oficialmente aceitos pelos países mais exigentes nesse quesito”, ressaltou o secretário de Estado.


O VSF, com suas particularidades ambientais, disponibilidade de infraestrutura de irrigação, investimento em desenvolvimento científico e tecnológico apropriado às condições locais, mapeamento das oportunidades de mercado e empreendedorismo do setor produtivo, evolui com mais essa indicação geográfica, na expectativa de fortalecimento do desenvolvimento socioeconômico regional. A Seagri possui um importante papel no estreitamento de relações e parcerias com instituições como Sebrae, Senar, Valexport, dentre outras. Essas parcerias, de forma organizada, buscam ouvir a cadeia produtiva da região, os produtores, para entender suas maiores necessidades.


Para além, a Seagri também busca fazer um elo de conciliação entre instituições públicas, privadas, mistas e cooperativas. A partir dessa iniciativa, são elaborados planos e metas, projetos, termos de cooperação técnica, que correspondem aos convênios para executar o desenvolvimento dessas ações que se desdobram em atividades educativas (capacitações, palestras, dias de campo, intercâmbios técnico-científico e afins), envolvendo profissionais gabaritados da Seagri, intervenções e ações de defesa agropecuária que visam garantir a sanidade das lavouras.


A Seagri ainda possui o papel de acompanhar intervenções de auditoria em conjunto com o Ministério da Agricultura, além da emissão dos documentos fitossanitários que garantem a exportação do produto final livre de doenças e pragas, principalmente de ordem quarentenária.




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