A 2ª FrESTA – Jornada Literária Apocalíptica entra na sua reta final neste fim de semana com atrações e atividades para toda a família. E o destaque fica por conta da celebração do centenário da morte do escritor e jornalista Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), cuja obra é reverenciada na peça “Cemitério dos Vivos”, recentemente produção da Cia. Apocalíptica, de São Jose do Rio Preto, que ainda não estreou nos palcos devido à pandemia. A apresentação online será neste sábado, 12 de março, às 21h, no Youtube da Cia. Apocalíptica (
ciaapocaliptica).
Em rememoração ao centenário de morte de Lima Barreto, a Cia. Apocalíptica, em parceria com o Programa de Qualificação em Artes, adaptou para dança-teatro a última obra, inacabada, do autor carioca: “O Cemitério dos Vivos”. Nela, Lima Barreto relata sua própria internação no Hospital Nacional dos Alienados em 1920. A produção contou com orientação de Carlos Canhameiro e traz para a cena o ator e dançarino David Balt.
O fim de semana da 2ª FrESTA ainda é marcado pela apresentação de uma peça sobre Santos Dumont (1873-1932) e um podcast com a participação do escritor e educador Daniel Munduruku, de Belém (PA). A programação deste sábado e domingo, 12 e 13 de março, traz também contação de histórias, sarau e oficinas.
Com direção de Juliana Calligaris e protagonizado pelo ator, mímico e contador de histórias Ademir Apparício, “O Sonho de Dumont-Menino ou De como o Homem se Tornou Mais Leve que o Ar” será apresentado na 2ª FrESTA neste sábado, 12 de março, às 17h, com exibição pelo Youtube da Cia. Apocalíptica (
ciaapocaliptica). O espetáculo apresenta para crianças e jovens a trajetória do pai da aviação brasileira, desde a infância do menino-inventor e seu sonho de voar, passando pelos capítulos mais importantes de sua biografia e de suas criações, seus amores, dores, alegrias e afetos.
Segundo Apparício, o que mais lhe atrai na história de Santos Dumont é que, desde criança, ele nunca desistiu de seu sonho. “Ele foi por várias vezes criticado, mas nunca desistiu de correr atrás de seu sonho. E hoje temos essa grande invenção deixada por Santos Dumont que é o avião”, comenta.
O sábado da 2ª FrESTA ainda é marcado pela continuidade das oficinas de cenário e figurino para contação de histórias de Isaac Ruy e de mitologia e filosofia como formas criativas do Grupo Jabá com Jaca, além de um bate-papo sobre ilustração, às 18h, com a artista Natália Gregorini, de São José do Rio Preto. Também haverá, ao meio-dia, o podcast “A diferença que nos torna humanos”, com Juliana Costa; e a contação de história “Negritudiando”, às 13h, com a Cia. EntreContos.
Último dia No domingo, 13 de março, a 2ª FrESTA recebe o escritor e educador paraense Daniel Munduruku, que participará, ao meio-dia, do podcast “Para além de nós mesmos”. Uma das vozes da cultura indígena no Brasil, ele é autor de uma série de livros infantis e infantojuvenis, entre eles “Contos indígenas brasileiros”.
Duas oficinas e um debate também movimentam o último dia da 2ª FrESTA. A primeira, “Recolando contos”, será às 10h, comandada pelos artistas da Cia. Koi, da cidade de Lins. Já a oficina “Leitura pintada”, com o artista plástico Edson Raposeiro, de São José do Rio Preto, será realizada às 15h. O debate do dia será mediado por Akila Moreira, também de São José do Rio Preto, às 18h, tendo como tema “Contação de histórias na visitação hospitalar”.
As duas últimas sessões de contação de histórias da programação serão às 13h, com a atriz Reni Trombi (“Vamos juntas?”), e às 20h, com Laura Thomé, de Valinhos (“Itans dos Orixás”). Também haverá, às 17h, a performance “Mandinga literária”, com o Coletivo Casa Zion, e, às 21h, encerrando a 2ª FrESTA, o Trans Sarau, do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro.
A realização da segunda edição da FrESTA foi viabilizada pelo fomento do Edital ProAC Nº 24/2020 – Realização de ações de incentivo à leitura (presenciais e/ou online) no Estado de São Paulo, do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa.
Milena Aurea/Divulgação
