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20/09/2022 às 23h57min - Atualizada em 21/09/2022 às 22h39min

Viúvas, de Ariel Dorfman, ganha montagem teatral inédita pela Coletiva 3 DE NÓS

Romancista, dramaturgo, ensaísta e ativista de direitos humanos, Dorfman é também autor de A morte e a donzela, montada em noventa países e filmada, em 1994, por Roman Polanski.

SALA DA NOTÍCIA Adriana Monteiro/Ofíciodasletras
Estúdio Liah la
Quinta montagem da Coletiva 3 de Nós, "Viúvas" (Viudas, 1981), romance de Ariel Dorfman, posteriormente adaptado para o teatro pelo próprio dramaturgo e ativista de direitos humanos em parceria com Tony Kushner, estreia nacionalmente no Centro Cultural São Paulo em 22/09/2022, em temporada de 20 apresentações. Com um elenco de peso em cena, "Viúvas" percorre uma narrativa conduzida pela força da coletividade feminina, que resiste e existe diante do “poder” e da “ausência”. Aos que vieram antes e aos que ainda estão por vir, o espetáculo aborda a ancestralidade que acompanha a todos nós. Entre dois mundos, o espetáculo é um convite a refletir sobre humanidades.

Viúvas se passa em um pequeno povoado chamado Camacho, que fica às margens de um rio onde mulheres lavam roupas. O enredo decorre do estranho desaparecimento de todos os homens adultos de um vilarejo sul-americano. As mulheres que lá residem iniciam uma jornada trágica para encontrar seus familiares. Com a omissão dos agentes públicos e o aparecimento de um corpo desfigurado às margens do rio local, o silêncio é rompido e respostas são exigidas. A necessidade de reivindicar os corpos de seus maridos/filhos/irmãos e assim poder enterrá-los, prestando-lhes os ritos e homenagens finais, já não pode mais ser contida.

Viúvas foi publicada pela primeira vez em 1981.  Editada, além do México, na Argentina, no Uruguai e no Chile. Foi traduzida para o inglês, dinamarquês, holandês, sueco, hebraico, alemão, francês e japonês. Também serviu como inspiração para uma ópera de Juan Orrego-Salas, em 1990, um filme e diversos espetáculos teatrais. Em 1991, Dorfman decidiu teatralizar a obra com a colaboração do dramaturgo americano Tony Kushner. Foram realizadas algumas mudanças em relação à obra de 1981, como de ambientação: substituiu-se a Grécia por “um indeterminado país latino-americano”.

Sinopse:
Em um cenário árido de aparente decadência, em um tempo que não sabemos se é passado ou futuro, seis mulheres se encontram na mesma situação: tentam desvendar o mistério que levou ao desaparecimento de seus entes queridos. Encontrá-los vivos ou mortos, e assim poder enterrá-los, passa a ser a missão que vai desencadear o enredo de “VIÚVAS”.

Nascido na Argentina em 1942, Ariel Dorfman é ativo na defesa dos direitos humanos. Passou dez anos quando criança em Nova York, até que sua família foi expulsa dos Estados Unidos pela onda anticomunista provocado por Joe McCarthy.
Os Dorfmans foram no Chile, onde Ariel não parou sua adolescência e juventude, vivendo a revolução de Allende e a subsequente dentro do Chile e no exterior após a ditadura que derrubou Allende em 1973. Acompanhado de sua esposa Angélica, ele vagou pelo mundo como exilado , finalmente se estabelecendo nos Estados Unidos, onde agora é Walter Hines Professor Emérito de Literatura na Duke University. O aclamado trabalho de Dorfman, que inclui a peça e o filme “Death and the Maiden” (atualmente programado para um revival na Broadway), e o texto clássico sobre imperialismo cultural, Como ler o Pato Donald, abrange quase todos os gêneros disponíveis (peças, romances, poesias, contos, ficção, ensaios, jornalismo, artigos de opinião, memórias, roteiros). Seus livros foram publicados em cinco países e suas peças em mais de cem países. Seus livros mais recentes são os romances Darwin's Ghosts e Cautivos, assim como o conto infantil, The Rabbits' Rebellion.
É autor de inúmeras obras de ficção, peças de teatro, óperas, musicais, poemas, jornalismo e ensaios em espanhol e inglês, contribui regularmente para os principais jornais e revistas de todo o mundo.
Coletiva 3 DE NÓS
Criada em 2017, a Coletiva 3 de Nós estreou em São Paulo em 08 de março de 2018 (Dia Internacional de Luta das Mulheres), com o espetáculo "A Mais Forte", a partir de leitura atualizada do texto homônimo de August Strindberg, no Teatro Sérgio Cardoso. Em seguida, este espetáculo circulou pela SP Escola de Teatro (sede Praça Roosevelt), pelo Sesc Itaquera e foi contemplado pelo Edital de Circulação de Artes Cênicas da Fundação Cultural de Jacareí/SP, onde circulou em duas oportunidades em 2019 e 2020.

"Maria da ...", solo da performer Savina João sobre assédio sexual vivenciado em sua cidade natal (Teresina/PI) e no ambiente institucional do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região é a segunda obra da Coletiva, cuja abertura de processo se deu em 2020, ao longo da 5º Ocupação Ovárias (edição on-line e de abrangência nacional), e segue em processo criativo permanente em ambiente virtual.

"Todos Te Amam Até Você Se Assumir Preta", solo da performer Jessica Madona, criado em resposta ao assassinato de George Floyd nos EUA, sobre o processo de reconhecimento de sua pretitude e sobre os desafios de ser mulher preta no Brasil, é a terceira obra da companhia.

Selecionado entre 188 trabalhos, compôs o 4º Mulheres em Cena (realizado pela Cia Fragmento de Dança de São Paulo/SP) em OUT/20, quando estreou. Integrou a Bienal Black Art Brazil (edição Arte Sem Fronteiras) em NOV/20. Foi selecionado pelo edital Ondas da Cultura, realizado pela FUNARJ/RJ. Entre 1800 trabalhos, foi selecionado pelo Museu de Arte Contemporânea do Paraná para integrar a programação do 67º Salão de Arte Paranaense/2022. Foi selecionado pelo Edital Proac Lab da Lei Aldir Blanc do Governo do Estado de SP, cuja temporada on-line ocorreu entre os dias 18 e 28 de fevereiro de 2021.


Ladies sing the blues, quarta criação da 3 de nós, parte do encontro fictício entre Nina Simone, Billie Holiday e Elza Soares no palco. Com direção de Jessica Madona e Savina João, três mulheres no mesmo espaço cênico ecoando suas diásporas pessoais. Números musicais são intercalados com trechos narrativos, que recuperam as trajetórias de coragem dessas grandes artistas que usaram suas vozes na denúncia da sistemática discriminação contra
negros em sociedades estruturalmente racistas e fizeram de suas artes uma forma de resistência.

Ficha Técnica:
Idealização: Jessica Madona, Larissa Mauro e Savina João
Realização:  Coletiva 3 de Nós, Cooperativa Paulista de Teatro, Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura de São Paulo.
Coordenação do projeto: Savina João
Texto original: Ariel Dorfman e Tony Kushner
Dramaturgia:  Cristiane Sobral
Tradução:  Larissa Mauro
Direção do espetáculo:  Tatiana Tiburcio
Assistência de direção:  Jessica Madona
Elenco:  Luciana Lopes, Jessica Madona, Gabriela Reis, Lidiane Ribeiro, Luiz Alfredo Montenegro, Sirlea Aleixo e Tulanih
Cenografia e figurino: Clau Carmo e Gabriela Gomes
Trilha sonora original: Rafaell Kaft
Iluminação: Danielle Meireles

Direção de produção:  Coletiva 3 de Nós (Jessica Madona e Savina João)
Assistência de produção:  Julia Tavares
Assessoria de imprensa:  Adriana Monteiro (Ofício das letras)
Mídias digitais:  Agência Daka
Fotografias: Estúdio Liah la Foto
Fotógrafa:  Gabriela Gomes
Assistência de fotografia:  Daniela Fontana
Cartaz:  Luang Senegambia

Apoios:  Centro Cultural São Paulo, Amok Teatro, Bar O Bode Cheiroso, Bar e Restaurante Os Ximenes, Centro Cultural Gilberto Calouste e Cortiço Carioca.

Agradecimentos:  Adilson Lamana e Chirley Xavier; Aline Mohamad; Allegra Ceccarelli; Ana Teixeira e Stephane Brodt (Amok Teatro); Cíntia, Domingos, Idália, Marcelo, Patrícia, Sheili, Souza e Wallace (Cortiço Carioca); Giovanna Clara; Leandro Ivo e Rodrigo Palmieri (Fulano's Produções Artísticas); Luiz Alfredo Montenegro; Maíra Foresti; Maria Adélia Cardoso; Regina Xavier; Urion Vieira.

Serviço: Estreia e temporada
Viúvas
De 22/09 a 09/10/2022 no Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro, 1000)
Quinta a domingo, às 20h
Apresentações extras dias 27 e 28/9, às 20h e 08 e 09/10, às 18h
Dia 02/10 não haverá apresentação devido às eleições
Na Sala Jardel Filho
Classificação Indicativa: 12 anos
Grátis
Duração 90 minutos
Capacidade 321 lugares
Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria
É recomendado o uso de máscara

Dia 12/10/2022 no Centro Cultural da Juventude, às 19h
Av. Dep. Emílio Carlos, 3641 - Vila dos Andrades
Telefone: (11) 3343-8966

Dias 13 e 14/10 no Centro Cultural Galeria Olido, às 19h
Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo - SP, Telefone: (11) 2899-7370

Dia 15/10 no Centro Cultural da Penha, às 20h
Largo do Rosário, 20 - Penha de França
Telefone: (11) 2095-6480

Dia 16/10 no Centro de Culturas Negras, às 18h
R. Arsênio Tavolieri, 45 - Jabaquara, São Paulo
Telefone: (11) 5011-2421

 
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